"now put your hands up!"

quarta-feira, 7 de abril de 2010

DROPS 19

existe um poder muito grande em passar por todas as 24h de um dia com a mesma intensidade que se começa ou se vive algumas horas específicas.

ontem acordei no cúmulo do mau humor, mas as coisas tinham de ser resolvidas; além disso havia a certeza de que alguma coisa de boa haveria de acontecer, afinal, são vinte-e-quatro horas, apesar de a música de calvin harris grudada na minha cabeça dizer "this must be the worst day of my life". porém, os detalhes exuberantes começaram a surgir.

após semi-brigar com ceci sobre a necessidade de buscar os artesãos do "cristo liberta" para montar a instalação, categórica, ela me lembrou "nós combinamos com eles e não se pode desmarcar com as pessoas em cima da hora depois de toda a expectativa." meu ego inflamou, ela com certeza percebeu meu olhar fulminante por trás dos óculos escuros. mas lá fomos eu e bolana buscar andré brito, samuel alves e ramon soares no “centro de recuperação educacional cristo liberta”.

eu sei lá qual era a minha resistência, talvez fosse a preguiça de dirigir até o bairro conveima - longe pra cacete, - mas lá estavam eles com um brilho intenso nos olhos com algo que provavelmente era o ápice de suas vidas. este trabalho de curadoria estava por me render boas conversas ao longo deste “dia d”, pois após deixar os artistas no pev, fui com di comprar os materiais e milhares de conversas e revelações se seguiram.

a amizade é uma coisa tão delicada em nossas vidas; facilmente confundida com "quantidades", a gente tende a esquecer a fina linha entre a confiança e o contrário total. um clichê que me é recorrente é o "não ponho minha mão o fogo por ninguém," e realmente não o faço, nem pelos amigos; gosto de pensar que os verdadeiros amigos jamais exigiriam que eu o fizesse, pois eles sabem o quanto posso dar e respeitam essa linha tênue de confiança; talvez eu esteja deslumbradamente equivocado, mas este comportamento tem me servido bem até então, e a conversa com di só me confirmou quem são os poucos nesse mundo que eu considero família.

e quando a noite chegou num piscar de olhos, já tínhamos 85% da instalação montada. di solucionou o problema em deixar os patos de papel suspensos, purki resolveu a vontade de fazê-los realmente voar, agora eu tinha que resolver minha vida e tomar um banho rs. quando retornei ao cine pev, me deparo com isso e penso "wow, missão cumprida!":




e o espaço do "cine pev" continuou sendo assunto ao longo da noite, enquanto eu, purki, di e marco conversávamos na olivia temakeria & lounge. conseguimos ao longo dos meses de existência realizar duas exibições interessantíssimas e com trabalho de curadoria inovador e diferente do que acontece em conquista. nenhuma exposição que vimos desde o fim do café don'antônia teve o trabalho de criação em curadoria como temos feito no foyer do "cine pev" e é uma pena que, até mesmo a ala interessada da cidade, se interesse muito pouco em prestigiar essas coisas. porém admitimos nossos pontos de falha, como nos organizarmos com mais antecedência para fins de divulgação.

mas no fim das contas força de papel é uma instalação simples, porém com conteúdo: a delicadeza dos patos, feitos de papéis dobrados e colados, suspensos e dispostos em formato "v", remete à formação de vôo dos patos migrantes em busca do calor do sul, que assim posicionados têm a força conjunta em romper a resistência dos ventos. os garotos desenvolveram a técnica a fim de ocupar o tempo ocioso, em que a mente divaga pelas instâncias obscuras da abstinência, e talvez não tenham percebido a poesia escondida na simplicidade das peças que produzem com papel de loteria, trazendo à tona dois aspectos interessantes da vida humana: a liberdade e a confiança.

as duas, assim como no exemplo de coletividade dos patos, são peças importantes da amizade.

e por enquanto c'est ça.
x.o.x.o.

DROPS 18

marco listou em sua 18a pílula, uma série de coisas que foram notícia este ano, todos esses fatos mundiais que não fazem muito sentido na sua vida! tirando a porrada que rihanna levou de chris brown e as mortes citadas, nada daquilo fez muita diferença na minha vida.

talvez eu seja muito desligado, talvez eu apenas seja muito deslumbrado. marcantonio dirá "bobinho, tudo está relacionado" e eu concordo com ele. outro dia conversávamos sobre as ditas coincidências, algo como mariana ter sido amiga do irmão de luan e o ter visto criança. acreditamos que elas não existem. as coisas estão todas por aí, acontecendo ao mesmo tempo, sem ordem cronológica ou qualquer lógica. a única coisa que temos que fazer é mudar a direção do foco e um novo mundo de possibilidades e fatos se revelam.

e eu sei lá porque entrei nessa análise, talvez tenha sido a falação delicada e meio nervosa com luan por telefone, talvez seja a ressaca... a lot of "talvezes". ontem edilando me disse que diego, hospitalizado e dopado para amenizar as dores do acidente de carro que teve domingo, declarou "di, estou com umas idéias pra quando sair daqui." edilando já imagina uma viagem para salvador e lá está a entropia da mudança de foco - às vezes é necessário seu carro capotar dez vezes e pular uma cerca sem triscar nela, para você sair louco para retomar as rédeas da vida e pô-la na direção que você quer, mesmo com um maxilar trincado e a clavícula partida no meio.

mas não sei, mesmo nos meus dias mais obscuros, lucas não deixa de se divertir, mesmo com todos os ossos quebrados; então eu fico na busca de outras entropias, outras coisas para focalizar. acho que é por isso que sinto falta de pessoas como marco antonio e tam chequer - com eles todo furacão tem um centro onde tudo é calmo e observável. isso me inspira mais que a nova drunkorexia de barbarella, que não sabe que a barbara paz de conquista já existe rs.

veja bem, ontem eu saí com mari bike e quando chegamos na praça vitor brito... não, não lembro o nome, é onde está o "natal da cidade"... passei no posto da solidão na tentativa de forçar um encontro "oh você por aqui" com a marcantonia, rs. ele só não estava como não apareceu na praça, essa linha reclusa dele é irritante, mas pelo menos dá pra fazer a linha "if u seek amy".

mas depois de muitas doses de vodka com sprite, no melhor estilo trago meu álcool de casa, eis que me surge tam: linda, glamurosa e marroquinada! ai gente, eu morro com essa mulher viu! e mais tarde da noite, eu e ela saímos da praça ainda sem saber quem era wander lee e o que ele tocava; encontramos fabrício e dinho e ela foi vender bottons da "organização de combate à homofobia" (och) a eles, que olharam acharam "legal" mas ficaram horas chapados na forma de dizer "não obrigado"; tam que não é dessas já foi logo "afff legal, lindo, devolve! vocês não querem me dêem meus bottons!" rs eu ri, a looot! é disso que eu falo minha gente! ventilador na última potência, porque a vida é curta demais pra ficar criando teses e defesas sobre o que fazer, ou sobre o que não se pode fazer. não pode, não quer, acabou, bola pra frente!

eu adoro listas de resoluções de ano novo, acho divertidíssimas nem que sejam pelo prazer de se fazer listas; mas no final das contas, a maioria delas não passam da vida de papel porque são só isso que elas são, papel. o velho clichê "uma ação vale por mil palavras" é super válido, viu ana clara! e é por isso que minha resolução-mor para 2010 é "shut up and drive!" cala a boca e age!

por enquanto, c'est ça como diz calvin harris: "these are the good times in your life, so put on a smile and it'll be alright!"
x.o.x.o.

DROPS 17

mariana está apaixonada. como acontece com todo ariano que se preze, e de "mariana" pra "ariana" só uma letra falta, o fogo é alto demais. porém há uma característica bem específica, que me fez querer saber qual era seu ascendente: câncer. bingo! os entendidos de horóscopo saberão o que falo.

então ontem, enquanto dávamos uma caminhada para uma tese, mariana falava muito. o álcool às vezes insistia que eu falasse, mas serenamente desisti. havia algo de interessante na fala prolífica, e às vezes prolíxica, dela, milhares de dilemas quase clássicos, daqueles irremediáveis se eu não acreditasse no poder da psicanálise.

ela não acredita, diz que os próprios psicanalistas não entendem eles próprios; como eu procuro me ligar na grande-figura, eu gosto de pensar que o psicanalista não está para definir a mente humana, mas apenas analisá-la em todas as suas possibilidades. e enquanto mariana tem [e admite] dificuldade em acreditar na própria capacidade de marcar as pessoas, ela gosta de se ver como uma outsider, uma outcast que só tem seu alter-ego como companhia, eu penso que toda essa dualidade é bem interessante.

é como concordar com poetas que admitem ser impossível definir o amor, para apresentar sua própria definição na fala seguinte. very interesting, folks. às vezes me pergunto se não seria assim que eu deveria me sentir quanto ao meu relacionamento... mas meeh não, eu gosto das coisas práticas; não subestimo a complexidade dos sentimentos, mas certas coisas não são para serem super analisadas, senão se esquece de viver e aproveitar o bom.

meu espírito livre é que nem o de nina simone que diz: estou explodindo em juventude e tempero, quem precisa se corroer em algum ninho de abultres? preciso voar com minhas asas, ir a lugares, fazer coisas: o sino de minha liberdade irá realmente tocar...

falando em ir a lugares, comprei minha passagem para sampa. dia 23 estarei lá... às 6h da manhã - horário ingrato. mas pensando melhor, bem propício para esquecer jetlag e aproveitar o dia. agora que marcantonio anda com dúvidas sobre todas as mil coisas a fazer em suas férias, eu já volto a me ver flanando sozinho por aquela cidade assustadora; mas marco, quanto à pergunta de anteontem:



yes, nosso ano novo será melhor que aquilo:
1 - nós dançamos muito melhor que aquelas beeshas e
2 - quanto aos seus "sentimentos"... nosso reveillon será na THE WEEK! you know what i mean, baby! rs

e olhe que sintonia amigo, o próximo item das anotações que fiz aqui era michael jackson e de repente ele começou a tocar aqui na loooonga playlist que fiz essa semana - you've got a friend, mas você não terá mais se me der bolo em são paulo! rsrs brinks, darling.

mas o que eu ia dizer de michael é que ontem achei essa lista com as melhores flah-mobs em homenagem ao homem; e hoje já não vejo tanta graça na história... ainda mais depois do dia que tive ontem, numa confraternização do projeto "viver amigo", do pev que cuida de medidas socio-educativas para adolescentes em conflito com a lei [adoooooooro eufemismos!] e uma noite cheia de cerveja e conversas na budega... tanta coisa em 24h.

e pra finalizar a noite, lara barreto ainda me aparece com um presente DAQUELES de amar! mas ainda, o que não sai da minha cabeça é último "M" do meu dia: a matrona italiana se entupindo de macarrão...

OH MEU JAH JAH!!
por enquanto c'est ça.
x.o.x.o.

DROPS 16

let's step back in time: quando eu era adolescente e estava na sétima série, eu e uns colegas de classe entramos no cúmulo da vibe egocêntrica e fizemos uma coisa que é a única que me arrependo na vida: o mcm - movimento contra mariana.

mariana sempre foi a garota que, em inglês se diz, "opinionated" - algo como ter opiniões fortes e diretas. adolescentes têm problemas sérios com pessoas de forte convicção, especialmente se elas são obviamente mais consistentes e melhores que as deles, e muito mais se elas vêm de outros adolescentes.

alguns estudos da psicanálise comprovam que crianças são cruéis, mas só a partir da adolescência crimes são cometidos. soa dramático, mas não deveriam existir eufemismos nem complacência para certos comportamentos, especialmente nessa idade de formação. mas enfim, como disse, me arrependo do que fiz, mas jamais vivo em remorso, até mesmo porque mariana e eu vivemos para nos tornarmos melhores amigos. ela é uma das poucas pessoas da escola com quem ainda mantenho contato e que posso realmente chamar de amiga.

ontem, segunda-feira ela retornou a vca depois de dois anos seguidos em belo horizonte. conversar com mariana é algo indescritível, simplesmente porque quando nos encontramos, nenhum dos dois consegue parar de falar. mariana sempre ganha, ela sempre fala mais do que eu, mas ao longo dos anos fui constatando que ela raramente fala algo desinteressante. dentre cervejas, cervejas e cigarros recapitulamos a vida em diversas histórias e experiências.

como sabia que uma sentada no portal do gil não seria o bastante, seqüestrei-a para dormir aqui onde fizemos conferência com são paulo, onde luan e um colega de trabalho aproveitavam o apartamento vazio. mas, desolé baby, lucas e mariana tinham muita coisa específica para tratar.

hoje, depois do café, assistimos "whatever works" de woody allen e logo partimos pelo dia. ela me incitou hoje a fazer algo que não fazia há séculos: caminhar de casa ao centro. parte pela comodidade do carro, parte pela fadiga de ir ao centro apenas para "resolver coisas". passeamos pelas lojas de decoração e concordamos que o que umas têm em falta de criatividade, outras compensam em falta de foco.

mariana detesta arquitetos: diz que são egocêntricos e vendidos, pois têm toda uma pose de artistas, mas só fazem porcarias não funcionais como praças sem arborização. uma das coisas que aprendi com ela foi a 4a lei de "newton": todo otário tem que se ferrar. rs viu? opinionated! e estar com ela, ouvindo mais do que competindo na fala, é sempre semente pra boas horas. marcantonio, vocês precisam se conhecer e conversar, ela é das suas.

por enquanto c'est ça, porque estou fofocando com marcantonio no msn agora, enquanto enlouquecemos com a música abaixo.
x.o.x.o.

DROPS 15

eu sobrevivi! a o que? oras, a um final de semana sem heleninha roitman, aka marcantonio. ele teve seus problemas de espinha [sabe-se se lá se acne ou de peixe] pela falta de yoga, e se aproveitou da psicose de seu celular pra sumir [aloca], enquanto eu me joguei nas atividades da oficina de curtas da claro idéias. isso me valeu o fim de semana a looot, apesar das fadigas entre purki e edilando.

sobre isso, to pensando em montar um workshop de abstração e lei do desapego. falando em lei do desapego, essa foi uma das coisas que marco del fiol e philippe barcinski disseram para adquirirmos quando formos pensar em edição; às vezes a gente se apaixona por nossa própria visão sobre determinada coisa e se impede de ver a grande figura, né? e eu já não estou apenas falando de edição de vídeos... eu já nem sei mais whatever rs.

no sábado de manhã, quando começou a oficina, recebi a ligação de ceci pra me acordar, mas certamente após vodka-tônica nights com tam e ellen, atendi o telefone de olho fechado, apesar de o sol das 7h30 da manhã já bombar na minha cara, pela janela. ainda assim, só cheguei lá às 13h, depois de passar pelo drive-thru do mc donald's e pegar meu adorável almoço [oferta #1, pq bigmac tem picles], comi, fumei um cigarro e bati resenha com os produtores da oficina e edilando e george e todo mundo mais que aparecesse.

lá dentro del fiol e barcinski ajudavam o povo a selecionar fotos com alguma seqüência lógica, para caberem num photoshoot. nothing new par moi, mas sempre é bom fazer esse trabalho. ao longo da oficina lembrei, of course, de tam, ela estaria se deliciando com as novas informações e participaria da lovely coincidência ao descobrir que philippe barcinski é o mesmo autor dos geniais curtas "a escada" e "palíndromo", que beth bullaro passou na oficina de "linguagem cinematográfica" durante a mostra de cinema deste ano.

e com certeza, também, ela se divertiria horrores durante a gravação do nosso curtíssima-metragem. purki, edilando, [a genial] thanize e eu nos juntamos no sábado à noite em busca de uma idéia com argumento e realizável. dentre bombas atômicas e mapas que levavam à loja da Nokia [q? rs], me surgiu o argumento "sufoco: um lugar claustrofóbico, um embate entre 2 pessoas, uma surpresa." perfeito: desenvolvemos e gravamos, mas no dia seguinte que foi o trabalho de verdade: a edição.

eu sou uma porta em softwares de edição de vídeo, áudio, imagem e essa porra toda, então aparecia pra sinalizar idéias e direcionamentos; soa preguiçoso, mas você pode se surpreender como algumas repetições de cena na edição podem colaborar com o clima que você quer transmitir pro filme. e nosso curtíssima ficou lindo, modéstia aparte! anos assistindo video-clipes teriam que me servir de alguma coisa!

e nessas horas eu também lembrava do quanto marcantonio - que torceu o nariz pra "american life director's cut" de madonna e sua maravilhosa edição - também se divertiria nesta oficina, mas ele tava ocupado demais esse fim de semana fazendo a gueixa desaparecida; certamente ficou naquele posto da solidão como uma esfinge sorridente, que eu adoro!, esperando aquele menino véi glauber passar, que já não tenho forças pois achou que podia dizer que eu dirijo mal: benhê, quem perguntou?! yeah sou bitch mesmo, rs e marco, volte para a luz!, ou seja, para “nosco” hehehe. vamos pra yoga hoje, né darling?

por enquanto c'est ça, fiquem com as geniais edições de "palíndromo", de philippe barcinski, que além de charmoso é super simpático, e “american life”.
x.o.x.o.





[infelizmente tem essas legendas ridículas em espanhol]

DROPS 14

last night a dj saved my life: quando menos se espera conquista te surpreende.

após a sessão do cine pev, fomos purki, ceci [com o namorado leo] e eu ao bazar closet, das meninas da andrômeda, karla e ellen, com outras ótimas marcas como leo coelho e ju rabinovitz. alguém sabe o que é consumismo compulsivo semi-patológico? rs okay, exagero, mas acabei comprando a roupa de reveillon. clássico né gente! e preso entre o orgasmo e a ressaca moral pós-compras, aguardei enquanto as meninas finalizavam as atividades afim de partirmos para o alcoolismo.

no candeeiro, ao longo de milhares de cervejas, saudades de barbara paz [marco] e a ansiedade gastronômica de quem passou o dia pendurando roupa, recebi dicas de brechós e lojas alternativas na rua augusta da linda ju rabinovitz, além de recomendações de ir à liberdade no domingo, fosse pela fome do estômago ou da cabeça. ju, qual o nome da feira de rua que é em pinheiros mesmo?

e antes mesmo de tam e eu bombardearmos ellinha com a genialidade do figurino de gossip girl, o universo parallelo, claro, invadiu a mesa. dos presentes, apenas eu e ju definitivamente não iremos este ano pelo mesmo motivo, mas é quase impossível não sentir aquela dorzinha de leve quando assistimos a empolgação das pessoas. mas, como bom devoto de woody allen e seus filmes, lucas apenas dá de ombros e fica feliz com "whatever works" - são paulo vai ser beeeeeeem melhor rsrs [recalque].

enfim, com o timing dos meus amigos se revelando cada vez mais perfeito, quando a cabeça já começava a dar voltar alcoolicas, a conta chega e todo mundo debanda... menos eu tam e ellen que fomos parar na ibiza. OOOEEEEE!!!! entramos vip e, na pista, o brilho azul da vodka-tônica e dj trindade literalmente salvaram nossas vidas.

tam e eu apenas nos irritávamos com o fato de a pista estar vazia, às vezes povo daqui não sabe apreciar o que tem; mas também, azar deles, o importante é que estávamos no topo da diversão. qual era a música de david getta que virou axé hein amiga? hahaha... e quer saber mais? na hora que trindade jogou uma versão über-club de celebration, ali era o melhor lugar do mundo!!

por enquanto, c'est ça.
x.o.x.o.


DROPS 13

às vezes eu temo soar repetitivo quando me desembesto a falar de lady gaga. sorry mas a empolgação é grande e não há muita coisa acontecendo nessa cidade, além da vida dos outros e as preparações para o fim do ano, então eu insisto em comentar sobre essa louca.

e foi para onde involuntariamente minha noite com tam se direcionou. fomos ao "laçador", o lendário bar conquistense que abre quando o dono tem vontade, ou também onde dançamos balé em cima das mesas e fomos expulsos [ohhh old times!].

as conversas com tam são sempre instigantes e rejuvenescedoras; levei para ela o livro cartas a um jovem contestador, de christopher hitchens, que terminei quarta-feira e não pensei em outra pessoa a não ser ela para lê-lo logo após de mim. os pensamentos de hitchens sobre dissidentes e o verdadeiro significado de "ser radical" têm me inspirado imensamente a buscar a sociologia e a filosofia como forma de compreensão do mundo e cultura em geral. ao dizer a tam ela sorriu dizendo "amigo, agora você está entrando no meu mundo!" fiquei maravilhado quando ela disse que, no segundo ano do colegial, ela procurou desesperadamente por um volume compilatório d'o capital de marx. inspirador! no segundo ano, minha revolução literária, devo confessar, foi harry potter. hahaha...

horas antes do encontro com tam, tomei café com minha mãe no casinha de nóis; ela está empolgada em se mudar para lauro de freitas e trabalhar como corretora de imóveis. fico feliz por ela também, que como todos nós, mas o quanto antes, precisa de algo para se sentir mais produtiva na vida.

as relações que com o tempo criamos com os pais se tornam estranhas, se comparadas a certos modelos e ideais; eu não me remôo por esses padrões e, por isso, pareço frio e indiferente, mas eu me importo sim em ter, pelo menos, tempo de qualidade com meus pais, minha mãe em especial. não espero ter com minha mãe conversas tipo as que tenho com tam e outros amigos, não sou partidário da idéia de que os pais são nossos melhores amigos; mas gosto de pensar que sempre teremos respeito um pelo outro e o tino para perceber os limites de cada um. um tanto quanto deve ser com todas as relações humanas, né?

obviamente há uma série de camadas nessas relações, assim como todos têm o direito de ter vários limites para diferentes relações, e está na hora de o mundo se tocar para importância desses limites para possibilitar uma coisinha mais que desejada chamada: liberdade.

por enquanto, c'est ça.
x.o.x.o.

DROPS 12

hoje à noite eu, jamilly e barbarella comentamos que marcantonio tá lançando moda com esse free gay. jamilly disse que encontrou um menino esses dias, pediu um cigarro e era bem desses frees coloridos levemente amentolados que são a cara de marco. ontem tava msn-ando com edilando e ele diz que aderiu à turma do free, eu ri: "ótimo, desde que não venham pedir marlboro lights quando acabar o free," rsrs. sorry gente, mas eu só fumo marlboros light, quando não tem eu não fumo nada.

mas essa coisa de marco me fez pensar que ele deveria fazer uma lista das músicas do ano dele; seria uma ótima fonte de pesquisa e retrospectiva... fluxo de consciência. falando em fluxo de consciência, meu fettuccine hoje bombou! nomeei "fettuccine à gaga": molho branco, noz moscada, pimenta do reino, pimenta calabresa, manjericão, brócolis, cebola, tomate, bacon, peito de peru, mussarela, gorgonzola. [vejam]

no telefone tam disse "menino, você não engorda de ruim!" eu ri rs. mas ficou lindo, e o nome foi só porque eu cozinhei escutando "the fame" e "the fame monster", da própria. gente, o que é "poker face" hein! po-po-po-poker face fica na cabeça e não sai nunca mais. incrível! ir ao bompreço de manhã seria terrível se não fosse essa música.

e vocês viram ela cantando pra rainha da inglaterra? tocando piano suspensa a 3 metros do chão vestida de... elizabeth I! chamei marco e cecília [ceci] para almoçarem aqui, adoraram! sou o gênio da cozinha! hahaha quero ser amigo de ana maria braga mwhwhhahwahahaha rs okay parei.

depois do almoço ceci, eu e purki voltamos ao "cristo liberta" para gravarmos os meninos do artesanato para a vernissage. conhecemos o pastor joão, um dos coordenadores. homem de fala forte e confiante, um pastor realmente, mas muito sóbrio e atento, com voz de quem viveu bastante. me impressionou a tatuagem em sua mão, uma teia de aranha, com uma tarantula descendo pelo antebraço. ele disse que boa parte dos "obreiros" [colaboradores], são ex-viciados, ele inclusive, e que isso se mostrou uma peça importante no trabalho.

depois fomos parar no shopping e BANG: foi aberto um quiosque da chilli beans!! finalmente! se bem que agora a pobreza baterá à minha porta, pode apostar rs. ceci me deu um brinco com pingente de cruz de presente de natal. bem anos 80, bem gay! nathane, uma amiga carioca de ana clara, foi a são paulo ver um show de não-sei-o-que, e fez pit-stop em casa de luan. gente! linda demais! e aquela marca de bikini dela, MORI! me pediu opinião de roupa e só babei rs. aí mais tarde fui encontrar as meninas e fomos comer uma pizza no "vida massa", na volta ouvi calvin harris e mais uma vez lembrei de marcantonio.

não, não estou apaixonado por bárbara paz, mas realmente, amigo, esse álbum dele é genial... agora o pedido é direto: faça uma lista das músicas do ano e, óbvio, ponha na pílula. já eu, to na tentativa de fazer um playlist variado pro ipod... quem tiver saco, procure “when the cat’s away” de kylie minogue. acredite, nem passa pela cabeça, vai direto pra bunda!

por enquanto c'est ça.
x.o.x.o.

DROPS 11

essa noite tive uma série de sonhos bizarros. o mais interessante deles foi um que parecia uma reportagem, com narração à la "o fabuloso destino de amélie poulin", sobre uma comunidade japonesa com um senso de justiça bem pentencostal: numa festa popular um boi em chamas caiu sobre um homem, este morreu na hora enquanto o boi se debateu pelo chão até se livrar do fogo que consumia seu dorso. os moradores da comunidade seguraram o boi e, apesar de alguns proclamarem a morte do animal pela morte do homem, instantaneamente foram atrás de quem ateou fogo ao boi.

tirando as considerações sobre a pena de morte, incrível senso de justiça, certo?, há uma peripécia: numa travessura infantil, um garoto de no máximo 6 anos ateou fogo ao boi. de repente, em cortes de sonho, um homem gigante pegava o menino pelas pernas e o arrebenta contra o chão na praia, partindo sua cabeça em mil pedaços. acordei ofegante na mesma hora, chocado; não apenas pela violência da cena, mas especialmente pela demonstração crua de justiça.

o que isso significa? ainda não sei, não sou paranoico pela busca de cada significado dos sonhos que tenho. mas, com certeza, há algo de estranhamente direcionado nesse e outros similares que tive essa noite. inclusive, não acredito que sonhos apenas sejam reflexões sobre os feitos do dia, ainda mais se passei o dia no salão de novo terminando o processo do cabelo.

depois encontrei marcantonio, com glauber bonitinho, e de marie fredriksson passei a ser andy warhol, o que pra mim foi bem mais interessante. mais tarde, rafaela gomez me contou que a apresentação de ballett no domingo fora ótima; tive vontade de jogar na cara dela, que no meio da frescura de patricinha, vinha dizendo que tudo estava horrível... mas tudo terminou bem, o que provou mais uma vez que eu sou a pessoa mais certa do mundo pelo meu estoicismo em relação às dificuldades e expectativas da vida... dos outros, rsrs.

na webcam vi que ela tava no limite kate moss de magreza e mandei que engordasse, o que será uma empreitada na qual a ajudarei, já que comer pra mim quase nunca é um esforço. falando em comer, se a avó de luan o visse hoje provavelmente teria um piripaque com a secura do menino minha gente! e o pior é que fica fazendo a bridget jones comendo pote de sorvete na madrugada.

eu, como uma pessoa saudável, troco minha gula da madrugada por um lindo e adorável marlboro light! aham, pode dizer que estou errado, sua gorda!! rs... alguém conseguiu ligar meu dia com a "justiça" nua do sonho que contei? não, ninguém? meh, whatever...

por enquanto c'est ça, vou cuidar da vida porque hoje sou eu quem faço o almoço aqui - fettuccine ao molho branco com tomate seco, brócolis e bacon; invenção minha, será que vai prestar?
x.o.x.o.

DROPS 10

agora que estou de volta à platinum blonde life há um novo sentimento de diversão nas coisas. não posso querer enganar ninguém dizendo que não gosto de chamar atenção com essas mudanças radicais - mas definitivamente não é isso que me motiva. jane fonda, em sua autobiografia, citou uma grande feminista [que não lembro o nome] dizendo que mudar o cabelo é principal sinal de uma mudança de pensamento e comportamento; taí minha motivação. mas no fim das contas é divertidíssimo reparar a reação das pessoas quando lucas entra com a cabeça quasi-branca no ônibus, ou as piadinhas das coleguinhas do pev.

quando entrei na sala de reuniões, minha über-chefe monalisa barros já perguntou logo quem eu era rs; o melhor foi quando disseram que sou irmão de ceci, minha chefe-mor, agora parente platinada. em todo caso, é a mais pura verdade que "loiras se divertem mais", então /fikadika.

essa coisa de "querido diário" no orkut tem me sido boa pela prática da escrita. hoje me senti dignificado quando li alguma citação pela web que dizia algo como "é melhor escrever sendo você mesmo e não ser lido, do que escrever ser lido e não saber quem você é." okay não era assim, era sonoramente mais legal - escrever diariamente aqui deveria fazer bem pra minha memória também... mas muitos anos de sequela e rebordosa.

há de se cuidar também para o espaço não virar um reclamatório, mas foda-se vou reclamar assim mesmo: EU NÃO GOSTO DE FUTEBOL E NÃO SOU OBRIGADO A AGUENTAR CARREATA POR CAUSA DE FINAL DO BRASILEIRÃO! pronto falei rs.

outra coisa que não to aguentando mais é a ansiedade pra viajar. ontem minha amiga lelia me conta de uma festa bombástica que ela foi em trancoso, com direito a comida, bebida e otras cositas mas total free - tudo à beira da piscina e pessoas com ventilador na última potência! inveja pouca é bobagem, mas me aguarde no reveillon dona the week! aliás, nos aguarde né marcantonio!

porém a vida é linda, a vida é ótima e falta mesmo só sinto de tam que some pela semana rs. ah e nesse fim de semana, uma amiga que não vejo há um ano chega de bh e aí já sabe né: "can call all you want but there's no one home, and you're not gonna reach my telephone..."

por enquanto, c'est ça.
x.o.x.o. que agora vou expulsar a mariposa que entrou no meu quarto, antes que eu durma e ela resolva pousar na minha boca rs.

DROPS 9

você sabia que passar o domingo de rebordosa às vezes é bem interessante? eu, por exemplo, aprendi que no estado de nebraska nos e.u. of a. tem uma lei chamada "safe-haven" de proteção a crianças que são abandonadas em hospitais, latas-de-lixo e similares. calma, há uma reviravolta.

diz-se que o inglês é uma língua pobre, o que é verdade se você analisar o número limitado de vocábulos para dizer coisas variadas. desta forma, a lei tem uma brecha linguística interessantíssima: "child/children", em inglês, é "criança/s", mas também "filho/a". aí os lindos e inteligentíssimos legisladores do estado de nebraska, não conseguiam chegar num acordo para a idade-limite em que o estado cuidaria dessas crianças abandonadas e simplesmente deixaram "child" no texto. resultado: a maioria dos "children" abandonados foram adolescentes problemáticos entre 12 e 18 anos, porque as famílias liam a lei e interpretavam "child" como FILHO e não CRIANÇA!! moral da história: legisladores, não subestimem o vocabulário de seus eleitores rs.

descobri tudo isso porque tava lendo blogs sobre a série da hbo "true blood", mas okay, nem tudo foi cultura inútil. a manhã foi um tanto triste, pois logo cedo fomos ao sítio enterrar o cachorro - mas eu não quero mais falar da morte. depois fomos experimentar o café colonial do "casinha de nóis" - thumbs-up pra eles viu! o lugar é arrumadinho e super bem decorado dentro de seu cliché regionalista. me apaixonei especialmente pelas cadeiras e é claro pela comida. good vibes pra eles e que consigam manter o nível ao longo do tempo - que é o grande tchan [sim, segura-o-tchan!] de dificuldade dos estabelecimentos dessa cidade. só dois lugares em conquista mantém o padrão de atendimento, um bom e outro mezzo: paris [aka la forneria] que tem garçons bem treinados, especialmente em relação ao que eles oferecem nos menus, e o zoo bar...

mas oooee... é domingo, nada de zoo bar! aliás, nada de zoo bar nunca mais - vou começar a me sustentar pela virginianidade e seguir o que digo, principalmente quando digo "não"; arianos são muito vendindos! rsrs pela tarde, após um cochilo, troquei o almoço por woody allen, assisti "memórias" e terminei ainda mais apaixonado por ele e sua filmografia. uma homenagem declarada a "fellini 8 1/2", é uma daquelas jóias impecáveis de woody allen, que até os não-fãs terão dificuldade em achar falhas esdrúxulas /fikadika!

por enquanto ç'est ça.
e um x.o.x.o. exclusivo pra o brancazedo da minha madrugada! [não, não é você bárbara paz!]